Investigação avança com prisão de Marcos Henrique Soares, acusado de auxiliar na fuga dos executores; outros dois suspeitos seguem foragidos
A Polícia Militar de São Paulo prendeu Marcos Henrique Soares, apontado como participante na execução de Vinícius Lopes Gritzbach, delator do Primeiro Comando da Capital (PCC). A captura ocorreu em Guarulhos, por meio da Rota, grupo de elite da PM. Soares é acusado de dirigir o Audi preto usado na fuga dos atiradores que mataram Gritzbach com 10 tiros de fuzil no Terminal 2 do Aeroporto Internacional de São Paulo, no dia 8 de novembro.
Com o suspeito, foram apreendidas munições e carregadores de fuzil. De acordo com as investigações, ele também ajudou Kauê Amaral Coelho, outro envolvido no crime, a fugir para o Rio de Janeiro. Kauê teria monitorado os movimentos de Gritzbach no aeroporto antes do ataque.
Além de Marcos Henrique Soares, a polícia procura Kauê Amaral Coelho e Matheus Augusto de Castro Mota, ambos considerados foragidos. Matheus é sócio de Kauê em uma adega em São Paulo. A Justiça já decretou a prisão dos dois, e uma recompensa de R$ 50 mil é oferecida por informações que levem ao paradeiro deles ou dos mandantes.
Gritzbach era um delator considerado “arquivo vivo” de operações criminosas e corrupção policial. Sua morte está associada a denúncias feitas contra agentes da Polícia Civil ligados ao PCC. A vítima, que contratava PMs para sua segurança, foi alvejada em plena luz do dia, em um crime que chocou pela audácia e violência.
No ataque, além de Gritzbach, um motorista de aplicativo, Celso de Novaes, de 41 anos, foi atingido e não resistiu aos ferimentos, deixando três filhos. Outras três pessoas ficaram feridas e foram socorridas.
Imagens de câmeras de segurança foram cruciais para rastrear os suspeitos, que abandonaram o carro a poucos quilômetros do aeroporto antes de fugirem em transporte público. A investigação segue em sigilo para identificar os mandantes e compreender o alcance do esquema.
Mensagens interceptadas sugerem que o PCC teria oferecido até R$ 3 milhões pela morte de Gritzbach, evidenciando o nível de organização e os recursos empregados pelo grupo criminoso.
A prisão de Soares representa um avanço significativo, mas as autoridades seguem mobilizadas para capturar os demais envolvidos e desmantelar a rede responsável pelo crime.
Por: Redação
Foto: Divulgação/PCSP