Profissionais cobram pagamentos em dia e melhores condições de trabalho
A partir das 7h desta segunda-feira (9), médicos vinculados à Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) darão início a uma paralisação de três dias. A medida foi deliberada em Assembleia Geral Extraordinária na última quarta-feira (4) e tem como objetivo reivindicar a regularização de pagamentos e melhorias estruturais na rede pública de saúde.
Principais demandas da categoria
A mobilização dos médicos reflete insatisfações que, segundo o Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (SIMEGO), comprometem o atendimento à população e as condições de trabalho. Entre as principais reivindicações estão:
- Pagamento de salários atrasados e regularização dos repasses ao INSS;
- Fornecimento de insumos e medicamentos básicos nas unidades de saúde;
- Melhoria na infraestrutura e segurança para os profissionais no exercício de suas funções.
Franscine Leão, presidente do SIMEGO, destacou a gravidade da situação:
“Estamos lidando com a falta de materiais básicos e atrasos nos pagamentos, o que impossibilita o trabalho digno dos profissionais. A paralisação é um pedido urgente de solução para essas questões.”
Impactos nos atendimentos
Durante a paralisação, apenas os serviços de urgência e emergência continuarão funcionando, como exige a legislação. Atendimentos ambulatoriais e eletivos serão suspensos, o que pode resultar em filas e sobrecarga nos atendimentos emergenciais.
A categoria afirma que a decisão veio após diversas tentativas frustradas de diálogo com a administração municipal. A retomada dos atendimentos dependerá do avanço das negociações durante os dias de paralisação.
Resposta da Secretaria Municipal de Saúde
Em nota, a SMS informou que está ciente da paralisação e avaliando medidas para minimizar os impactos à população. No entanto, não detalhou como atenderá às demandas dos médicos.
Situação da saúde em Goiânia
A paralisação chama atenção para problemas recorrentes na saúde municipal, como falta de insumos, atrasos salariais e precarização das condições de trabalho. A mobilização dos médicos pressiona a gestão pública a agir rapidamente para garantir a normalização dos serviços e evitar o agravamento da crise.
Por: Redação
Foto: Reprodução/AFP