Famílias buscam respostas e convivência após descoberta chocante
Um exame de DNA realizado pela Polícia Civil de Goiás confirmou, nesta sexta-feira (13), que dois bebês foram trocados após o nascimento em uma maternidade de Inhumas, na Região Metropolitana de Goiânia. As famílias de Isamara Cristina Mendanha e Guilherme Luiz de Souza e de Yasmin Kessia da Silva e Cláudio Alves agora enfrentam o desafio de lidar com o impacto emocional e legal da descoberta.
O início do caso
A troca dos bebês veio à tona durante um processo de separação, quando Cláudio solicitou um exame de DNA para confirmar a paternidade do filho. O resultado apontou que o bebê criado por ele e Yasmin não era biologicamente deles.
Após o choque inicial, Yasmin lembrou-se de outra família presente na maternidade no mesmo dia do parto. Após contato, ambas as famílias realizaram novos exames, que confirmaram a troca.
Repercussões emocionais
Guilherme, pai do outro bebê envolvido, descreveu o impacto da revelação:
“Foi o pior dia da minha vida. Pensar em perder o filho que criamos é devastador.”
Yasmin também compartilhou a dor vivida:
“É uma sensação de luto. Passei todo esse tempo cuidando e amando um filho que descobri não ser biologicamente meu.”
Investigação e falhas no protocolo
Os partos ocorreram em outubro de 2021, durante o auge das restrições da pandemia de Covid-19. As mães relataram que não puderam acompanhar os procedimentos, e nenhuma delas se lembra de ter visto pulseiras de identificação nos bebês.
A maternidade envolvida no caso ainda não se pronunciou oficialmente. A Polícia Civil segue investigando o caso, ouvindo funcionários e analisando possíveis falhas nos protocolos hospitalares.
Caminho para o futuro
Embora a troca tenha sido confirmada, Yasmin afirmou que não deseja separar-se completamente do menino que criou:
“Queremos construir uma convivência com nossos filhos biológicos, mas também manter os laços com as crianças que criamos.”
A revelação uniu as duas famílias, que agora trabalham juntas para superar as consequências emocionais e práticas da troca.
Por: Redação
Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal