Kaio César Alves Ferreira, foragido há quatro anos, é capturado em ação do Bope; operação teve um morto em confronto
Kaio César Alves Ferreira, de 34 anos, conhecido como “Barney” ou “Tio K”, foi preso nesta terça-feira (17/12) na comunidade da Rocinha, no Rio de Janeiro, após uma operação conduzida pelo Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope). Procurado há quatro anos, ele era considerado um dos traficantes mais perigosos de Goiás e tinha dois mandados de prisão em aberto por organização criminosa e associação ao tráfico de drogas.
Histórico de crimes
Kaio César é suspeito de ordenar pelo menos 17 assassinatos em Goiás entre 2015 e 2020, mesmo enquanto estava detido na Penitenciária Coronel Odenir Guimarães, em Aparecida de Goiânia. Os crimes estão ligados a disputas por pontos de venda de drogas em Goiânia, intensificando sua notoriedade no submundo do tráfico.
Em 2015, Kaio foi preso após a descoberta de um laboratório de drogas no Residencial Canadá, em Goiânia, e condenado a 13 anos de prisão. No entanto, em 2020, ele aproveitou uma saída temporária para fugir, rompendo a tornozeleira eletrônica.
Operação na Rocinha
A captura de Kaio César foi realizada durante uma grande operação na Rocinha, que tinha como objetivo cumprir 34 mandados de prisão. Na ação, o Bope enfrentou resistência armada e utilizou helicópteros blindados para assegurar o controle da área.
O confronto resultou na morte de Vitor dos Santos Lima, conhecido como “Playboy”, segurança do chefe do tráfico local. Vitor teria disparado contra os agentes durante a abordagem.
Ligação Goiás-Rio de Janeiro
Mesmo morando na Rocinha, Kaio César mantinha vínculos operacionais com o tráfico em Goiás, o que motivou meses de investigação para localizá-lo e efetuar sua prisão. Agora, ele será transferido para o estado de origem para responder por seus crimes, entre eles os homicídios atribuídos à sua liderança no tráfico de drogas.
Impacto e desdobramentos
A operação representa um golpe significativo no tráfico de drogas em Goiás e no Rio de Janeiro, destacando a articulação interestadual das organizações criminosas. As autoridades goianas e cariocas continuam investigando a extensão das atividades de Kaio César e seus associados, com expectativa de novas prisões nos próximos dias.