Polícia Civil conclui investigação e envia relatório ao Ministério Público. Defesa do médico diz que indiciamento é coerente com as provas apresentadas.
O médico acusado de atropelar e matar o pastor Edilson Silva em Rio Verde, Goiás, foi oficialmente indiciado por homicídio culposo — quando não há intenção de matar. Segundo o delegado responsável pelo caso, Adelson Candeo, o indiciamento foi baseado no laudo pericial, que apontou imprudência como fator determinante para o acidente, ocorrido em setembro deste ano.
O acidente aconteceu em frente a um hotel da cidade, quando o veículo do médico colidiu com um carro estacionado, atingindo o pastor, que estava próximo. Após o impacto, o suspeito passou por cima da vítima ao tentar fugir do local. A perícia descartou a possibilidade de homicídio doloso, justificando que o motorista não teria condições de visualizar a vítima no momento do atropelamento.
A defesa do médico afirmou que recebeu o indiciamento com naturalidade, considerando-o alinhado às provas apuradas. O relatório final da Polícia Civil foi encaminhado ao Ministério Público, que decidirá se oferece denúncia contra o acusado.
Após o acidente, o médico foi encontrado em frente à sua residência no Setor São Tomaz. Ele admitiu ter consumido bebida alcoólica, mas recusou o teste de alcoolemia. O suspeito foi preso, solto no dia seguinte mediante o pagamento de uma fiança de R$ 84 mil, e está sendo monitorado por tornozeleira eletrônica.
O pastor Edilson Silva chegou a ser socorrido pelo Samu e levado ao Hospital Municipal Regional em estado gravíssimo, mas não resistiu aos ferimentos. O laudo pericial destacou dez vezes a palavra “imprudência” no relatório de simulação do acidente, reforçando a tese de negligência na condução do veículo.
A decisão agora cabe ao Ministério Público, que avaliará as circunstâncias e a conclusão das investigações para definir os próximos passos do processo judicial.
Por: Redação
Foto: Reprodução/TV Anhanguera