BC injeta US$ 3 bilhões e realiza leilões para controlar alta da moeda americana
O dólar abriu esta sexta-feira (20) em queda, alcançando a mínima de R$ 6,05 e a máxima de R$ 6,09, após novas intervenções do Banco Central (BC) no mercado cambial. A estratégia inclui a oferta de US$ 3 bilhões no mercado à vista e dois leilões de linha no valor de US$ 4 bilhões, medidas destinadas a conter a escalada da moeda americana.
Na sessão anterior, o dólar caiu 2,32%, encerrando o dia a R$ 6,12, após atingir um pico de R$ 6,30 no início do pregão.
Os leilões de linha realizados pelo BC envolvem a venda de dólares com o compromisso de recompra futura, proporcionando alívio imediato nas cotações sem impactar diretamente as reservas cambiais. De acordo com analistas da Ativa Investimentos, essas ações reduzem a volatilidade no mercado e desencorajam movimentos especulativos.
“A postura ativa do Banco Central tende a estabilizar o câmbio no curto prazo, mantendo os especuladores cautelosos”, afirmou a corretora em relatório.
Além das intervenções, os mercados seguem atentos à tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do ajuste fiscal. O texto foi aprovado em segundo turno no Senado na noite de quinta-feira (19), com 55 votos a favor e 18 contrários. A aprovação da PEC, que busca cortar gastos públicos e equilibrar as contas, é vista como um sinal positivo para investidores e pode aliviar a pressão sobre o câmbio.
O dólar continua sob influência de fatores externos, como a política monetária dos Estados Unidos, além de incertezas internas, como a evolução do pacote fiscal. Observadores esperam que o BC mantenha sua atuação para evitar novas altas expressivas da moeda.
Por: Redação
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil