Proprietários de clínica de estética enfrentam acusações de lesão corporal grave e exercício ilegal da profissão; bens de luxo são apreendidos
A Justiça manteve a prisão de Karine Giselle Gouveia Silva e Paulo César Dias Gonçalves, conhecido como PC Segredo, donos de uma clínica de estética em Goiás, acusados de causar deformações em pacientes e operar ilegalmente. A decisão foi confirmada nesta quinta-feira (19), após audiência de custódia conduzida pela juíza Ana Cláudia Veloso Magalhães.
Segundo a magistrada, “os fundamentos que justificaram a prisão cautelar ainda permanecem válidos”. Outros dois suspeitos detidos durante a operação foram liberados.
Karine e PC Segredo enfrentam acusações de associação criminosa, lesão corporal grave e prática ilegal das profissões de biomédica e dentista. As investigações começaram após 24 pacientes relatarem sequelas graves provocadas por procedimentos realizados na clínica.
De acordo com a Polícia Civil, pessoas sem qualificação executavam os procedimentos usando materiais inadequados. Além disso, a operação resultou no bloqueio de R$ 2,5 milhões em bens, a apreensão de um helicóptero avaliado em R$ 8 milhões e no cumprimento de mandados em Goiânia e Anápolis.
O advogado do casal, Tito Amaral, afirmou que já ingressou com habeas corpus no Tribunal de Justiça de Goiás e aguarda uma resposta. “A clínica está devidamente autorizada e já realizou mais de 30 mil atendimentos. As acusações são desproporcionais e carecem de comprovação”, declarou.
O caso gerou ampla repercussão, trazendo à tona preocupações sobre irregularidades em clínicas de estética e a falta de segurança para pacientes que buscam procedimentos acessíveis. A Justiça ainda decidirá se converterá a prisão temporária do casal em preventiva, enquanto as investigações continuam.
A operação destaca a necessidade de maior fiscalização no setor de estética para proteger consumidores de práticas inadequadas e ilegais.
Por: Tatiane Braz
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