La Niña mais curta e alterações climáticas marcam a estação no Hemisfério Sul
O verão teve início neste sábado (21), às 6h20 (horário de Brasília), trazendo mudanças climáticas características da estação, como temperaturas elevadas e dias mais longos. Apesar disso, as previsões indicam chuvas abaixo da média em boa parte do território nacional, conforme relatório do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Impacto do Fenômeno La Niña
O fenômeno La Niña, que influencia os padrões climáticos no país, terá duração reduzida neste verão. Ele deve persistir com 60% de chance até março, diminuindo para 40% entre fevereiro e abril de 2025.
“De maneira geral, as chuvas ficarão abaixo da média em grande parte do Brasil, com exceção da Região Norte, onde os volumes devem superar a média”, explica Maytê Coutinho, meteorologista do Inmet.
Chuvas Irregulares por Região
- Norte: Predomínio de chuvas acima da média.
- Nordeste: Totais reduzidos em boa parte da região, embora algumas áreas do noroeste possam ter períodos de precipitação mais volumosa.
- Centro-Oeste e Sudeste: Chuvas entre a média e abaixo da média.
- Sul: Tendência de volumes normais ou abaixo do normal, especialmente no extremo sul do Rio Grande do Sul, onde o acumulado deve ser inferior a 400 mm.
Condições Oceânicas e Impactos Econômicos
A persistência de águas mais quentes no Atlântico Tropical Norte e mais frias no Atlântico Tropical Sul pode desviar a Zona de Convergência Intertropical, afetando a regularidade das chuvas no Norte e Nordeste.
Essas condições podem impactar setores como agropecuária, geração de energia hidrelétrica e o abastecimento hídrico, colocando em risco o nível dos reservatórios.
O verão promete desafios para diversos segmentos do país, reforçando a importância de estratégias de adaptação às condições climáticas previstas.
Por: Redação
Foto: Agência Brasil