Ministro destaca necessidade de normas federais para uso da força policial no Brasil
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, condenou nesta quarta-feira (25/12) o episódio em que a jovem Juliana Leite Rangel, de 26 anos, foi baleada na cabeça durante uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na véspera de Natal. Lewandowski afirmou que “a polícia não pode combater a criminalidade cometendo crimes” e reforçou a importância de as polícias federais “darem o exemplo às demais corporações”.
O caso ocorreu na BR-040, em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. Juliana estava a caminho da ceia de Natal com a família quando o carro em que ela estava foi alvejado por agentes da PRF. Segundo o pai da vítima, que dirigia o veículo, ele tentou sinalizar que encostaria após ouvir a sirene, mas os policiais começaram a atirar.
Estado de saúde e investigações
Juliana foi levada ao Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes, onde passou por cirurgia e está intubada em estado gravíssimo no Centro de Terapia Intensiva (CTI).
A PRF afastou preventivamente os agentes envolvidos na ação e abriu um procedimento interno para apuração. Além disso, as armas utilizadas – dois fuzis e uma pistola – foram apreendidas e encaminhadas para perícia.
A Polícia Federal (PF) também iniciou uma investigação sobre o caso. Peritos foram deslocados para analisar a cena do crime e colher depoimentos.
Decreto de Lula regula uso da força policial
No mesmo dia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou um decreto regulamentando o uso da força policial no Brasil. A medida busca padronizar ações das polícias, mas gerou resistência entre alguns governadores.
Em nota, o Ministério da Justiça lamentou o ocorrido e garantiu empenho na apuração das responsabilidades, ressaltando a importância de uma normativa federal que oriente o uso da força em todo o país.
Por:Redação Potal Democrata de Goiás
Foto:Divulgação/STF