Procedimentos realizados atraíram pacientes de vários estados do Brasil e do exterior; algumas vítimas sofreram sequelas irreversíveis.
A Polícia Civil de Goiás informou que subiu para 60 o número de pessoas que denunciaram lesões após realizarem procedimentos na clínica dos influenciadores Karine Gouveia e Paulo César Dias, presos durante uma operação policial. De acordo com o delegado Daniel Oliveira, as vítimas são provenientes de diferentes estados brasileiros e até de outros países, tendo sido atraídas por anúncios divulgados nas redes sociais.
Os pacientes afetados foram encaminhados para exames de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML). Parte deles relatou sequelas permanentes, como perda de olfato e a necessidade de realizar diversas cirurgias corretivas.
Karine e Paulo permanecem detidos na Casa do Albergado, unidade destinada a pessoas em regime aberto. Segundo nota da defesa, não há justificativa para manter o casal preso, uma vez que a clínica teve suas atividades suspensas, permitindo que respondam ao processo em liberdade.
Outros dois profissionais da clínica, uma médica e um dentista que também foram presos durante a operação, obtiveram liberdade após decisão judicial. Procurados, os advogados desses investigados não se manifestaram até o fechamento desta reportagem.
O Conselho Regional de Odontologia de Goiás (CRO-GO) informou que há um processo administrativo em andamento contra a dentista envolvida, mas que os detalhes correm sob sigilo. O conselho também afirmou que o registro profissional da dentista foi desativado após a transferência para outro estado.
As investigações continuam, e a Polícia Civil busca identificar mais vítimas e apurar todas as irregularidades cometidas na clínica. O caso trouxe à tona os riscos de confiar em serviços médicos promovidos por influenciadores digitais sem a devida comprovação técnica.
Por:Redação
Foto:Reprodução/Redes Sociais