Presidente reforça compromisso com democracia e justiça durante evento no Planalto
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou, nesta quarta-feira (8/1), sua posição contra qualquer tentativa de golpe, durante evento em memória dos dois anos dos ataques de 8 de janeiro. Em discurso no Palácio do Planalto, Lula assegurou que os responsáveis pelos crimes serão devidamente punidos, sempre respeitando o devido processo legal e a presunção de inocência.
“Seremos implacáveis contra qualquer tentativa de golpe. Ninguém foi ou será preso injustamente, mas todos que cometeram crimes responderão por eles”, declarou Lula. Ele também destacou que a investigação alcança até militares apontados como articuladores de um plano para assassinar o presidente, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Plano de assassinato envolvendo militares
Segundo investigações da Polícia Federal, o plano foi elaborado por militares ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro, incluindo o tenente-coronel Mauro Cid e o general Braga Netto. Mensagens recuperadas pelos investigadores revelaram que um grupo das Forças Especiais do Exército, conhecido como “Kids Pretos”, chegou a planejar uma emboscada contra Moraes, mas a ação foi abortada. Para a PF, Bolsonaro tinha conhecimento do esquema.
Liberdade de expressão e combate às fake news
Lula também destacou que a liberdade de expressão será protegida, mas sem tolerância para discursos de ódio, fake news e incitações contra o Estado de Direito. “Seremos intransigentes na defesa da democracia. A liberdade de expressão não pode colocar vidas em risco ou promover a violência”, afirmou.
O evento contou com a presença de cerca de 400 pessoas, incluindo representantes dos Três Poderes, parlamentares e ministros. Além dos discursos, o presidente entregou obras restauradas que foram destruídas nos ataques ao Planalto e participou de um abraço simbólico em defesa da democracia.
Por:Tatiane Braz
Foto:Reuters imagens