Polícia aponta desavenças familiares antigas como motivo para os atos; uma das vítimas morreu
Deise Moura dos Anjos, investigada por envenenar familiares com arsênio em um bolo, está sendo tratada como suspeita de uma série de crimes premeditados, segundo a Polícia Civil do Rio Grande do Sul. A motivação teria origem em conflitos pessoais ocorridos há décadas.
Entre os casos apurados, destaca-se uma briga com a sogra, Zeli Terezinha Silva dos Anjos, que teria começado há 20 anos devido a um saque de R$ 600 feito por Zeli. Apesar de o valor ter sido devolvido no dia seguinte, Deise teria resgatado o episódio como justificativa para suas ações. Zeli sobreviveu à intoxicação, mas a prima do marido de Deise, Tatiana Denize Silva dos Santos, não resistiu.
A relação entre Deise e Tatiana também era marcada por um desentendimento antigo. Segundo a polícia, o conflito começou quando Tatiana escolheu se casar na mesma igreja que Deise desejava usar para o seu próprio casamento. “Esses ressentimentos antigos parecem ter sido o gatilho para os atos cometidos pela investigada,” afirmou o delegado Marcos Veloso.
A delegada Sabrina Deffente relatou que Deise teria fabricado narrativas para desviar suspeitas e justificar as brigas com a família. “Tudo indica que as ações foram cuidadosamente planejadas, incluindo o registro de ocorrências para dar suporte a essas versões,” explicou.
Zeli já recebeu alta do hospital, mas as autoridades seguem investigando outros possíveis crimes associados à suspeita.
Por: Tatiane Braz
Foto: Reprodução