Cabo e outros 14 agentes detidos preventivamente por envolvimento no assassinato de Vinícius Gritzbach, delator do PCC, podem perder cargos após identificação por câmeras de segurança.
O cabo da Polícia Militar de São Paulo Denis Antonio Martins, de 40 anos, foi preso preventivamente sob suspeita de participação no assassinato de Vinícius Lopes Gritzbach, colaborador da Justiça que revelou informações sobre o Primeiro Comando da Capital (PCC). Além dele, outros 14 agentes, que atuavam na segurança particular do empresário, também foram detidos e podem ser expulsos da corporação.
Gritzbach foi morto à luz do dia pouco após desembarcar no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Os criminosos fugiram imediatamente após o crime, mas a análise de imagens de câmeras de segurança foi essencial para identificar Denis Antonio Martins como um dos principais envolvidos nos disparos que mataram o delator.
O crime abalou as investigações contra o PCC, já que Gritzbach era uma peça-chave na colaboração com a Justiça para desmantelar as operações da facção criminosa. As autoridades destacaram a gravidade da participação de agentes da segurança pública no crime, ressaltando que isso compromete a confiança nas instituições.
As expulsões dos policiais presos devem ser formalizadas após a conclusão do processo disciplinar, que será conduzido pela Corregedoria da Polícia Militar paulista. As investigações continuam em andamento para determinar a extensão da participação de cada envolvido no assassinato.
Por :Tatiane Braz
Foto: Miguel Schincariol/AFP