Por: Sidney Araujo
Foto Destaque: Divulgação/Polícia Civil
A Polícia Civil aprendeu 800 toneladas de carne bovina impróprias para o consumo e que estavam sendo revendidas no Rio de Janeiro. De acordo com a investigação, uma empresa que funciona na cidade de Três Rios, no centro-sul do estado, é suspeita de revender a carne que acabou estragando durante as enchentes que aconteceram no Rio Grande do Sul, em maio do ano passado.
Em uma operação chamada “Operação Carne Fraca”, na manhã desta quarta (22), a polícia prendeu uma pessoa em flagrante. De acordo com os investigadores da Delegacia do Consumidor, as carnes estavam submersas. Em busca dos responsáveis, foram cumpridos mandados de busca a apreensão em endereços de suspeitos de estarem na quadrilha. O nome da empresa não foi revelada.
Como funcionava o esquema de carnes no Rio de Janeiro
De acordo com a investigação, em maio e junho de 2024 os sócios da empresa aproveitaram a tragédia para adquirir toda a carne bovina, que estava submersas por semanas em Porto Alegre. Na hora de efetuar a compra, eles disseram que a ideia era fabricar ração animal. Porém, os agentes descobriram que o destino era direcionado para seres humanos.
Ainda mais, a carne estava indo para diversos locais do Brasil e a movimentação estava fazendo com que a empresa tivesse um lucro acima de 1.000%, afirmou a Polícia Civil do Rio de Janeiro. Assim, os investigadores podem responder pelos crimes de associação criminosa, receptação, adulteração e corrupção de alimentos, com alcance em todo o país.