Crescentes crises geopolíticas e ambientais colocam a civilização a 89 segundos da destruição
O Relógio do Juízo Final, instrumento simbólico criado em 1947 para ilustrar o risco de extinção da humanidade, foi novamente ajustado e agora marca 89 segundos para a meia-noite, sinalizando uma ameaça iminente de catástrofe global. Este ajuste reflete as tensões políticas, o impacto devastador das mudanças climáticas e o avanço das tecnologias, como a inteligência artificial, que podem agravar ainda mais os conflitos internacionais.
O tempo no relógio avançou um segundo em relação ao ano anterior, sublinhando a intensificação das crises globais. O Juan Manuel Santos, ex-presidente da Colômbia e ganhador do Nobel da Paz, alertou para a necessidade urgente de uma ação coletiva e para que a liderança mundial tome as rédeas da situação. “Estamos mais próximos do que nunca de uma catástrofe global”, destacou Santos, presidente do grupo The Elders, durante o anúncio.
O painel de cientistas que acompanha o relógio enfatizou que, além dos confrontos armados, como a guerra na Ucrânia e os conflitos no Oriente Médio, o aquecimento global é uma das maiores ameaças à sobrevivência humana. A Organização Meteorológica Mundial afirmou que 2022 foi o ano mais quente já registrado, e as últimas décadas mostram um ritmo de aquecimento mais rápido do que as projeções anteriores indicavam.
Além disso, o crescente uso de tecnologias emergentes, incluindo a inteligência artificial no cenário militar, levanta questões sobre os riscos de sua utilização indevida, exacerbando ainda mais o cenário de incerteza global.
O Relógio do Juízo Final, que simboliza o risco de aniquilação total causado pelas próprias invenções da humanidade, nunca esteve tão próximo de marcar a meia-noite. Para especialistas, as ações coletivas e políticas para frear essas ameaças são mais urgentes do que nunca.
Por: Redação
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