Equipamentos atraem e contaminam fêmeas do Aedes aegypti, dispersando larvicida e impedindo a proliferação do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. Capital já registra 1.689 casos da doença em 2025
A Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), intensificou as ações de combate ao Aedes aegypti com a manutenção e o abastecimento de 5.052 armadilhas espalhadas pela cidade. O trabalho é realizado por equipes de Agentes de Combate às Endemias (ACEs) e tem como objetivo reduzir a propagação do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya.
Segundo Benedito Rodrigues, supervisor distrital da SMS, o funcionamento das armadilhas é estratégico, pois explora o comportamento reprodutivo das fêmeas do Aedes aegypti. “Esses mosquitos depositam ovos em diferentes locais para aumentar a sobrevivência da espécie. As armadilhas atraem as fêmeas para recipientes com água, onde elas pousam em uma tela impregnada com larvicida. Esse mecanismo contamina o mosquito, que, ao seguir para outros criadouros, espalha o produto e impede o desenvolvimento das larvas”, explica Rodrigues.
Atualmente, Goiânia conta com 8.972 armadilhas instaladas. De acordo com o secretário municipal de Saúde, Luiz Pellizzer, a manutenção desses dispositivos prioriza áreas com maior incidência de casos. “Nossas equipes abastecem as armadilhas com larvicida, pastilhas de atração e telas, garantindo seu pleno funcionamento. Começamos pelos locais com maior número de casos prováveis, buscando reduzir a proliferação do vetor”, destaca.
As armadilhas funcionam como dispersoras de larvicida, utilizando um balde preto preenchido com água e um odor atrativo para as fêmeas. Ao depositar os ovos na rede contaminada, os mosquitos acabam eliminando larvas tanto na armadilha quanto em outros locais de reprodução próximos.
Casos da doença
Nas cinco primeiras semanas de 2025, Goiânia registrou 1.689 casos confirmados de dengue. Há quatro mortes em investigação, mas nenhum óbito confirmado até o momento. O município também contabilizou 11 casos de chikungunya no período. Os distritos sanitários com maior incidência da doença são Sudoeste (169 casos por 100 mil habitantes), Sul (158 casos/100 mil habitantes) e Campinas-Centro (129 casos/100 mil habitantes).
Moradores que receberam as equipes da SMS aprovam a eficácia das armadilhas. Egídio Santos, residente do Jardim América, elogiou a iniciativa. “Mesmo com as chuvas, não encontramos mais larvas do mosquito em casa. Cuidamos bem da armadilha porque sabemos da sua importância”, afirmou.
Fotos: SMS
Legenda: Agentes de Combate às Endemias abastecem armadilhas com larvicida, pastilhas de atração e telas para conter a proliferação do Aedes aegypti.
Por: Redação
Foto: Secretaria Municipal de Saúde (SMS)