Defesa alegou que condenado ficou com sequelas e precisava de cuidados médicos
A Justiça do Paraná decidiu autorizar Jorge José da Rocha Guaranho, ex-policial penal condenado a 20 anos de prisão pelo assassinato do tesoureiro do PT de Foz do Iguaçu, Marcelo Arruda, a cumprir pena domiciliar com tornozeleira eletrônica. A medida foi determinada no dia 14 de fevereiro, um dia após a sentença de condenação.
Guaranho havia sido inicialmente levado para o Complexo Médico Penal em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, para cumprir sua pena em regime fechado. Contudo, a defesa do ex-policial solicitou a prisão domiciliar devido a sequelas que ele sofreu durante o tiroteio que resultou na morte de Arruda. O advogado afirmou que Guaranho foi alvo de nove disparos e espancamentos, o que provocou fraturas graves, incluindo a perda de dentes e da mandíbula.
O desembargador Gamaliel Seme Scaff, responsável pela decisão, afirmou que o ex-policial está “muito debilitado” e com dificuldades de locomoção, em razão das lesões e enfermidades resultantes do ataque. A decisão foi baseada no fato de que Guaranho, em seu estado atual, “não colocará em risco a sociedade ou o cumprimento da lei penal”.
Como parte das condições de sua prisão domiciliar, Guaranho deverá comparecer periodicamente em juízo, sendo-lhe proibido sair de sua residência, exceto para tratamento médico. Ele também está proibido de manter contato com pessoas ou testemunhas relacionadas ao caso e não poderá deixar a Comarca de Curitiba.
Por: Bruno José
Foto: Reprodução/Redes Sociais