Ministro da Fazenda afirma que fortalecer o subsídio ao setor agropecuário é prioridade do governo federal
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira (21) que a ampliação do Plano Safra será a principal medida do governo federal para conter a inflação dos alimentos. Em entrevista ao ICL Notícias, Haddad destacou que o governo Lula está preparando o terceiro grande plano consecutivo, após bater recordes de investimentos em 2023 e 2024.
Detalhes do Plano Safra
O Plano Safra é um programa de subsídios voltado para o setor agropecuário, que visa fortalecer a produção agrícola e garantir o abastecimento de alimentos no país. Segundo Haddad, o governo pretende lançar um novo plano robusto assim que o orçamento for aprovado.
“Vamos fazer planos safras cada vez mais robustos, maiores e melhores. O governo Lula vai para o seu terceiro ano preparando um terceiro grande plano. Nós batemos dois recordes em 2023 e 2024 e queremos fazer o mesmo em 2025”, afirmou o ministro.
Haddad também ressaltou a importância de ampliar a produção de forma sustentável, sem desmatamento. “O Brasil tem todas as condições de continuar ampliando a produção de forma adequada, sem desmatamento, que caiu vertiginosamente no país”, disse.
Impactos na inflação
O ministro atribuiu parte da alta da inflação dos alimentos a fatores externos e climáticos, como a seca e as enchentes que afetaram a produção agrícola no último ano. Além disso, ele citou a manutenção dos juros americanos em patamares elevados, o que fortaleceu o dólar e gerou pressão inflacionária global.
“Tivemos episódios que precisam ser contornados. Tivemos problema de seca e inundação no ano passado, isso afetou. Tivemos a manutenção dos juros americanos em patamares muito elevados, o que faz com que o dólar fique muito forte no mundo inteiro. E quando o dólar está muito forte, ele causa inflação no mundo inteiro”, explicou Haddad.
Próximos passos
O governo federal aguarda a aprovação do orçamento para lançar o novo Plano Safra, que deve focar em aumentar a produção agrícola e garantir a estabilidade dos preços dos alimentos. A medida é vista como essencial para combater a inflação e fortalecer a economia brasileira.
Por: Genivaldo Coimbra
Foto: Fábio Rodrigues/Agência Brasi