Zema acusa Lula de distorcer o passado e tenta se distanciar dos problemas do governo Dilma
Na terça-feira, 11 de março de 2025, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), protagonizaram mais um capítulo de sua troca de farpas durante agendas em conjunto em Betim e Ouro Branco, na Grande BH.
Zema, que discursou primeiro, afirmou que assumiu a gestão em 2019 com o estado “falido” e enfrentando “grandes dificuldades”, em uma referência direta ao governo anterior de Fernando Pimentel (PT). Como resposta, Lula não hesitou em provocar o governador: “Posso olhar na cara de Zema e dizer que sou o chefe do Executivo que mais investiu em Minas Gerais”, desafiando Zema a comparar os números de sua gestão com os do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Lula continuou com o desafio, enfatizando que, enquanto ele for presidente, Zema será sempre tratado com respeito, independentemente de seu partido. “Ele foi eleito, então deve ser respeitado”, afirmou.
Em contrapartida, Zema expressou surpresa com as declarações de Lula e sugeriu que o presidente tenta apagar a história recente ao evitar menções ao período de 2011 a 2016, quando o PT estava no poder. “Será que ele mudou de partido? Parece que estão tentando reescrever o passado”, disse Zema.
Este embate é o segundo do dia entre os dois, após uma provocação de Zema em Betim, onde questionou o presidente sobre os bons resultados econômicos do Brasil antes de seu governo.
Além disso, durante a visita, ministros do governo federal também se manifestaram. Alexandre Silveira, da pasta de Minas e Energia, chamou Zema de “pessimista de plantão” e ironizou a polêmica do governador comendo uma banana com casca. “Lula não sabe comer banana com casca, mas sabe descascar abacaxi a favor do povo brasileiro”, declarou Silveira, também criticando a privatização da Cemig, que ele considera prejudicial ao patrimônio mineiro.
Zema, por sua vez, não deixou de responder às críticas, afirmando que se sentiu “estranhado” pelas declarações do ministro.
Por: Genivaldo Coimbra
Foto: Reprodução/YouTube CanalGov