Durante manifestação em Copacabana, ex-presidente disse que será um problema “preso ou morto” e criticou a condução das eleições
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou neste domingo (16), em ato realizado na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, que “não vai sair do Brasil” e que será um problema “preso ou morto”. Em seu discurso, ele voltou a criticar o governo Lula (PT) e declarou que “eles não derrotaram e nem derrotarão o bolsonarismo”.
A manifestação teve como principal pauta a anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, quando extremistas invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília. Até o momento, 375 pessoas já foram condenadas pelo STF, com penas que chegam a 17 anos de prisão.
Eleições e críticas ao TSE
Bolsonaro também sugeriu que sua campanha em 2022 foi prejudicada por decisões do então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes. “Não podia colocar imagem do Lula com ditadores do mundo todo”, afirmou.
O ex-presidente ainda mencionou a disputa presidencial de 2026 e defendeu que o pleito seja conduzido com isenção. “Eleições sem Bolsonaro é negar a democracia no Brasil. Se eu sou tão ruim assim, me derrote”, disse. Ele lembrou que, na próxima eleição, o TSE será presidido pelo ministro Kassio Nunes Marques, indicado por ele ao Supremo Tribunal Federal.
Ato ocorre em meio à denúncia da PGR
O evento ocorre dias antes do julgamento da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que acusa Bolsonaro de liderar uma tentativa de golpe para impedir a posse de Lula. A denúncia inclui outras 33 pessoas e pode resultar em um processo no STF.
Com o ato, Bolsonaro busca manter seu capital político e pressionar o Congresso Nacional pela aprovação do projeto de anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro.
Por: Genivaldo Coimbra
Foto: Reprodução/AFP