Por: Sidney Araujo
Foto Destaque: Cesar Greco/Palmeiras
Uma declaração produzida pelo presidente da Comnebol, Alejandro Domínguez, não pegou bem nos bastidores. Após os sorteios que definiram os grupos da Copa Sul-Americana e da Copa Libertadores nesta segunda, ele foi perguntado como seria a Libertadores sem os clubes brasileiros.
Sem medir as palavras, Domínguez disse que a situação seria como “Tarzan sem Chita”. Dessa forma, a fala acabou sendo interpretada de forma ruim, já que pode ser interpretada como um “homem branco” sem a sua “macaca”.
Nos bastidores, a presidente Leila Pereira, do Palmeiras, encarou como uma provocação. Principalmente por conta da relação com os recentes casos de racismo que os times brasileiros vêm sofrendo em jogos das competições sul-americana.
“Quando vi a declaração do presidente Alejandro Domínguez, confesso que custei a acreditar que ela fosse verdadeira. Achei até que pudesse ser um vídeo manipulado por Inteligência Artificial. Aliás, pensando bem, acho que nem mesmo a Inteligência Artificial seria capaz de produzir uma declaração tão desastrosa quanto esta”, começou.
Na sequência, Leila lembrou do caso de Luighi, que sofreu atos racistas em confronto entre Palmeiras e Cerro Porteño, pela Libertadores sub-20. “Não é possível que, mesmo após o caso de racismo do qual os atletas do Palmeiras foram vítimas no Paraguai, o presidente da Conmebol faça uma comparação abominável como a que ele fez. Parece até uma provocação ao Palmeiras e aos demais clubes brasileiros“, seguiu.