Na última sexta-feira (14), a Polícia Civil de Goiânia prendeu o médico Alfredo Carlos Dias Mattos Júnior, de 47 anos, sob suspeita de assédio sexual durante um atendimento médico. O caso ocorreu em uma clínica particular da capital goiana, onde o profissional teria acariciado uma adolescente de 16 anos durante uma consulta de rotina.
De acordo com o relato da vítima, o médico, que deveria realizar um exame clínico, teria tocado partes de seu corpo de forma inadequada e feito comentários de cunho sexual durante o procedimento. A jovem, acompanhada pela mãe, relatou o ocorrido à polícia no mesmo dia, afirmando que se sentiu constrangida e violada durante o atendimento.
Após a denúncia, a Polícia Civil iniciou uma investigação e solicitou à Justiça a prisão preventiva do médico, que foi deferida. Alfredo Carlos foi preso e levado para a delegacia, onde prestou depoimento. Ele negou as acusações, alegando que os toques foram parte do exame médico e que não houve qualquer intenção de assédio. No entanto, a Justiça determinou a suspensão imediata de seu registro profissional no Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) por tempo indeterminado, até que as investigações sejam concluídas.
O caso gerou repercussão na região, levantando debates sobre a necessidade de maior fiscalização e proteção aos pacientes, especialmente em situações que envolvem vulnerabilidade, como consultas médicas. A Polícia Civil também investiga a possibilidade de outras vítimas que possam não ter denunciado o médico por medo ou constrangimento.
A mãe da adolescente, em entrevista à imprensa, destacou a importância de dar voz às vítimas e de buscar justiça em casos de abuso. “Ninguém deve passar por isso, principalmente em um ambiente que deveria ser seguro, como um consultório médico. Esperamos que a Justiça seja feita”, afirmou.
O caso segue sob investigação, e a polícia pede que outras possíveis vítimas do médico entrem em contato para prestar depoimento. A ação rápida das autoridades e a suspensão do registro médico do acusado são medidas que visam coibir práticas abusivas e garantir a segurança dos pacientes.
Por: Genivaldo Coimbra
Foto: Divulgação/PCGO