O Tribunal do Júri condenou, nesta terça-feira (18), Paulo Vitor Azevedo a 26 anos de reclusão pelo homicídio e pela ocultação do corpo da adolescente Priscila Brenda, desaparecida em 2012, em Catalão. O julgamento do réu havia sido anulado em 2023 e adiado duas vezes em fevereiro deste ano.
A sessão que definiria a pena de Paulo estava marcada para o mês passado, mas precisou ser adiada quando uma testemunha passou mal. Em 25 de fevereiro, um jurado também não se sentiu bem, o que levou a um novo reagendamento para 17 de março, com conclusão nesta terça.
O julgamento anterior, em 2023, havia sentenciado Paulo a 18 anos de prisão. No entanto, a decisão foi anulada após a Justiça identificar que um dos jurados manifestava opinião sobre o caso nas redes sociais, comprometendo a imparcialidade do julgamento. Na mesma ocasião, Claudomiro Marinho Junior, amigo de Paulo e também acusado, foi inocentado das acusações.
Paulo e Claudomiro foram presos em 2014 e indiciados por homicídio e ocultação de cadáver. No entanto, posteriormente, ganharam o direito de responder ao processo em liberdade. Testemunhas afirmaram à Polícia Civil que a adolescente entrou no carro de Paulo, que estava acompanhado de Claudomiro, e nunca mais foi vista. O corpo de Priscila Brenda jamais foi encontrado.
Na época, a delegada Alessandra Maria de Castro apontou fortes indícios de assassinato, o que levou às denúncias contra os dois suspeitos. Durante seu depoimento, Paulo Vitor confirmou ter se encontrado com Priscila no dia do crime, mas negou que ela tenha entrado em seu carro.
A anulação do primeiro julgamento gerou revolta na família da vítima, que aguardava uma condenação mais severa. Com a nova sentença, os familiares esperam que a Justiça seja cumprida integralmente.
Por: Tatiane Braz
Foto: Divulgação/TJ-GO