Três delas já foram condenadas e uma aguarda julgamento; todas estão no Texas e passam por processo de remoção acelerado
Quatro brasileiras envolvidas nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 em Brasília foram presas ao tentar entrar ilegalmente nos Estados Unidos. Três delas foram capturadas no dia 21 de janeiro, um dia após a posse de Donald Trump. A maioria já possui condenação pelos atentados na capital federal.
A informação foi confirmada ao *Terra* nesta terça-feira (18) pelo Serviço de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE, na sigla em inglês). As detidas são Rosana Maciel Gomes, 52 anos, Raquel de Souza Lopes, 51, Michely Paiva Alves, 38, e Cristiane da Silva, 33.
Rosana, Michely e Cristiane foram presas em El Paso, no Texas, e encaminhadas ao Centro de Processamento da cidade, onde aguardam a “remoção para seu país de origem”. Raquel foi detida em 12 de janeiro em La Grulla, também no Texas, e transferida para o Centro de Detenção de El Valle em 19 de janeiro. Assim como as demais, passa pelo processo de remoção acelerado para o Brasil.
As fugitivas estavam entre os dez bolsonaristas condenados pelos ataques às sedes dos Três Poderes que romperam suas tornozeleiras eletrônicas e fugiram para Argentina e Uruguai, atravessando as fronteiras de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
O *Terra* contatou o Itamaraty sobre o processo de extradição, mas o órgão recomendou buscar informação junto ao Ministério da Justiça, que encaminhou a demanda à Polícia Federal. A PF ainda não se manifestou. O Supremo Tribunal Federal (STF) afirmou que não há notificações nos processos das detidas.
Condenações
Rosana Maciel Gomes (52 anos): Natural de Goiânia (GO), foi condenada a 13 anos e seis meses de prisão por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado e associação criminosa armada. Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), participou ativamente da depredação em Brasília. A defesa nega envolvimento e há mandado de prisão em aberto contra ela. O **Terra* não conseguiu contato com seus advogados.
Por: Redação via Terra
Foto: Wilton Junior/Estadão / Estadão