Ex-presidente confirmou a recondução ao cargo durante evento em Pequim; indicação partiu de Putin e contou com articulação de Lula
A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) anunciou neste domingo (23/3), em Pequim, que foi reeleita para um novo mandato à frente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), conhecido como Banco dos Brics. A instituição financeira, sediada em Xangai, tem como objetivo financiar projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável nos países-membros.
A indicação de Dilma partiu do presidente da Rússia, Vladimir Putin, e contou com a articulação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A ex-presidente assumiu o comando do NDB em abril de 2023, com mandato inicial até julho de 2025.
Recuperação de problema de saúde
Durante o evento, Dilma também afirmou estar plenamente recuperada de uma recente internação. No fim de fevereiro, a ex-presidente foi diagnosticada com neurite vestibular, uma inflamação do nervo vestibular que causa vertigem, tontura e desequilíbrio. Após uma semana de tratamento, ela recebeu alta e retomou suas atividades no Banco dos Brics.
Participação no Fórum de Desenvolvimento da China
Dilma participou, ainda neste domingo, do Fórum de Desenvolvimento da China, evento de dois dias aberto pelo primeiro-ministro chinês, Li Qiang. O encontro reúne líderes globais e altos executivos de empresas como Apple, Pfizer, FedEx, Boeing e Cargill para debater perspectivas econômicas e políticas comerciais.
Na abertura do evento, Li Qiang alertou sobre o impacto das tarifas sobre produtos importados, impostas pelos Estados Unidos durante a gestão de Donald Trump. O primeiro-ministro defendeu a abertura dos mercados para mitigar a crescente instabilidade econômica global.
Atualmente, além dos cinco países fundadores — Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul — o Banco dos Brics conta com a adesão de Irã, Arábia Saudita, Egito, Etópia e Emirados Árabes Unidos, além de outras nações parceiras.
Por: Genivaldo Coimbra
Foto: Carta Capita