Após expulsão contestada, comissão de arbitragem decide afastar equipe responsável por erros no Beira-Rio
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou nesta segunda-feira (7) o afastamento temporário dos árbitros que atuaram no duelo entre Internacional e Cruzeiro, válido pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro. A partida, realizada no estádio Beira-Rio, em Porto Alegre, terminou com vitória do time gaúcho por 3 a 0 e foi marcada por uma expulsão polêmica.
O árbitro de campo Marcelo de Lima Henrique e a responsável pelo VAR, Daiane Muniz, estão fora da escala de arbitragem por tempo indeterminado. A medida foi tomada após análise do Comitê Consultivo de Especialistas Internacionais (CCEI), que identificou falhas graves no julgamento de lances decisivos.
O estopim da controvérsia foi o cartão vermelho aplicado ao zagueiro Jonathan Jesus, do Cruzeiro, aos 20 minutos do primeiro tempo. O árbitro entendeu que o defensor impediu uma clara chance de gol ao cometer falta sobre Wesley Ribeiro. A decisão gerou indignação imediata da equipe mineira.
Além desse jogo, a CBF também afastou os profissionais envolvidos na arbitragem de Sport x Palmeiras, outra partida da mesma rodada da Série A que gerou questionamentos.
Rodrigo Cintra, presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, afirmou que o afastamento tem caráter pedagógico: “Não se trata apenas de punição, mas de um momento para reorientar os árbitros e garantir alinhamento técnico entre campo e VAR”.
A diretoria do Cruzeiro reagiu com veemência. Alexandre Mattos, CEO do clube, classificou a expulsão como “assalto à mão armada” em publicação nas redes sociais. Pedro Lourenço, dono da SAF do time celeste, também criticou o lance, chamando-o de “absurdo”.
Jogadores e o técnico Leonardo Jardim optaram por não dar declarações após a partida.
Por: Bruno José
Foto: Reprodução/ROBERTO VINICIUS/AGAFOTO/Gazeta Press