Agentes são suspeitos de cobrar propina para não investigar rifas ilegais ligadas ao funk e foram presos nesta sexta
Uma operação conjunta da Polícia Federal, do Ministério Público e da Corregedoria da Polícia Civil prendeu nesta sexta-feira (25) quatro policiais civis acusados de envolvimento em um esquema de propinas que mirava artistas do cenário do funk. Os agentes atuavam no 6º Distrito Policial de Santo André, na Grande São Paulo, e extorquiam MCs, produtores e empresários ligados ao gênero musical para não apurarem atividades consideradas ilegais, como rifas promovidas nas redes sociais.
A ação integra a terceira fase da Operação Latus Actio, deflagrada para desmantelar conexões suspeitas entre o meio musical e a prática de crimes como exploração de jogos de azar e lavagem de dinheiro. As investigações começaram em 2021, após indícios de envolvimento de produtores de funk com membros do PCC.
Durante a operação, foram cumpridos mandados de prisão e busca em cidades como Mauá, Santo André e a capital paulista. A apuração revelou que os agentes exigiam pagamentos regulares para “fechar os olhos” às atividades ilegais, usando sua posição dentro da corporação para obter vantagens financeiras.
Nas etapas anteriores da investigação, um investigador já havia sido detido, outro afastado, e até um delegado foi alvo de mandado de busca. Os envolvidos respondem por corrupção passiva e associação criminosa.
Por: Genivaldo Coimbra
Foto: Divulgação/PF