Os cardeais que escolherão o próximo líder da Igreja Católica começaram, nesta terça-feira (6), o período de isolamento no Vaticano. O conclave começa na quarta-feira (7), na Capela Sistina, e reunirá 133 cardeais com direito a voto. A eleição acontece a portas fechadas até que um sucessor de Francisco seja definido.
A escolha deve levar alguns dias e exige que um dos candidatos alcance ao menos três quartos dos votos. Este será o conclave mais geograficamente diverso da história da Igreja, com representantes de 70 países.
Como funciona a eleição
O conclave costuma durar alguns dias, com votações sucessivas até que um dos candidatos alcance a maioria qualificada de três quartos dos votos.
Durante esse período, os eleitores farão um juramento formal comprometendo-se a manter o sigilo e evitar qualquer comunicação com pessoas de fora do conclave.
Francisco ficou conhecido por ampliar a representação geográfica do colégio cardinalício, nomeando cardeais de países como Haiti, Sudão do Sul e Mianmar — que nunca haviam tido representantes antes.
Este conclave será o mais diverso já registrado na história de dois milênios da Igreja Católica, com cardeais vindos de 70 países.
O cardeal japonês Tarcisio Isao Kikuchi declarou ao jornal La Repubblica que os 23 cardeais da Ásia pretendem atuar de forma coordenada. Ele comparou essa postura com a dos 53 cardeais europeus, que tendem a votar conforme preferências nacionais ou pessoais. “Nós, asiáticos, provavelmente somos mais unânimes em apoiar um ou dois candidatos… veremos qual nome sairá como o principal candidato”, compartilhou Kikuchi.
Por: Genivaldo Coimbra
Foto: Reprodução/@vaticannewspt