Ministro do STF determina investigação urgente sobre assinatura atribuída ao ex-presidente Coronel Nunes e mantém Ednaldo Rodrigues no cargo
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quarta-feira (7) que o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) investigue, com urgência, a suspeita de falsificação da assinatura do Coronel Nunes, ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), em um acordo que resultou na permanência de Ednaldo Rodrigues no comando da entidade.
Na decisão, Gilmar afirmou que o documento foi inicialmente apresentado por um advogado regularmente inscrito na OAB, com procuração válida assinada por todas as partes envolvidas, o que conferia ao acordo “presunção de autenticidade”. Segundo o ministro, “não havia, à época, quaisquer elementos nos autos que levassem à compreensão ou sequer suspeitas de ocorrência de simulação, fraude ou incapacidade civil dos envolvidos”.
Contudo, manifestações posteriores encaminhadas ao Supremo levantaram sérias dúvidas sobre a autenticidade da assinatura de Nunes, entre elas, uma denúncia formal da deputada federal Daniela Carneiro (União-RJ), que questiona a legitimidade do acordo firmado.
Apesar das suspeitas, Gilmar Mendes rejeitou o pedido de afastamento imediato de Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF, ressaltando que essa solicitação não constitui o foco principal da ação, proposta pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB).
Na véspera, a própria CBF havia divulgado uma nota oficial negando qualquer irregularidade no processo que reconduziu Ednaldo ao cargo, afirmando que todas as etapas seguiram os trâmites legais.
A investigação sobre a possível falsificação poderá impactar diretamente a estabilidade da gestão atual e reacende a disputa pelo comando do futebol brasileiro.
Por: Bruno José
Foto: Rafael Ribeiro/CBF