Presidente da entidade responde a três ações judiciais; caso de falsificação de assinatura é o mais sensível e pode levá-lo ao afastamento
A contratação do técnico Carlo Ancelotti para a Seleção Brasileira, anunciada na última segunda-feira (12), foi considerada uma vitória pessoal de Ednaldo Rodrigues. No entanto, mesmo com o prestígio da escolha, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) enfrenta um cenário político delicado e pode ser afastado do cargo a qualquer momento.
Ednaldo responde atualmente a três processos distintos em frentes diversas, e sua situação deve ser tema de reunião marcada para esta terça-feira (13), no Rio de Janeiro, com presidentes de federações estaduais. O encontro ocorrerá na sede da entidade e deve abordar o momento político turbulento da CBF.
O processo mais sensível envolve uma suposta falsificação de assinatura em um acordo que garantiu o retorno de Ednaldo à presidência. O desembargador Gabriel de Oliveira Zéfiro, a pedido do Supremo Tribunal Federal (STF), apura se houve fraude na homologação do termo firmado com o então presidente interino Coronel Nunes.
A denúncia foi feita pela deputada federal Daniela Carneiro (União-RJ), com base em um laudo pericial datado de 19 de junho de 2023. O documento aponta que Coronel Nunes apresentava “déficit cognitivo” à época da assinatura, o que colocaria em dúvida a validade do processo que reconduziu Ednaldo ao comando da CBF.
A audiência marcada para a última segunda-feira (12), que poderia trazer novos desdobramentos ao caso, foi cancelada. Coronel Nunes, atualmente em tratamento médico em São Paulo, não teve condições de comparecer, nem mesmo remotamente.
Em nota oficial, a CBF negou qualquer irregularidade na condução do processo que levou Ednaldo à presidência. O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) ainda não informou quando será retomada a apuração.
Com os processos em andamento e pressões internas crescentes, o futuro de Ednaldo Rodrigues à frente da CBF permanece incerto, mesmo em meio a conquistas esportivas e administrativas.
Por: Bruno José
Foto: Divulgação/ CBF