Governador de Goiás apoia proposta dos EUA e acusa governo federal de leniência com o crime organizado
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), criticou duramente a decisão do governo Lula de rejeitar a proposta de classificar as facções criminosas PCC e Comando Vermelho como organizações terroristas. A declaração foi feita após uma comitiva dos Estados Unidos, liderada por David Gamble, chefe interino da coordenação de sanções do Departamento de Estado, solicitar o reconhecimento formal das facções como grupos terroristas.
Para os americanos, essa designação permitiria a imposição de sanções mais severas, bloqueio de ativos e maior cooperação internacional no combate ao crime organizado. Caiado endossou o pedido e afirmou que a recusa do governo brasileiro representa uma postura “leniente — quase cúmplice” diante da escalada da violência promovida pelas facções.
“Recebo com grande preocupação a postura do governo federal em rejeitar a classificação de facções como o PCC e o Comando Vermelho como organizações terroristas. Esses grupos já ultrapassaram há muito tempo os limites do crime comum: promovem execuções, controlam territórios, financiam o tráfico internacional e aterrorizam a população brasileira”, declarou o governador, em nota oficial.
Segundo Caiado, negar o enquadramento como organizações terroristas é “fechar os olhos para uma realidade que o Brasil inteiro conhece”. Ele ainda criticou diretamente o presidente Lula: “O governo Lula erra mais uma vez e perde mais uma oportunidade de fazer um combate efetivo contra essas facções”.
O governador concluiu sua nota dizendo que o governo do PT “não tem coragem nem firmeza para enfrentar essas facções”. Para ele, o debate vai além da política: “Trata-se de proteger a vida dos brasileiros e restaurar a autoridade do Estado”.
Por: Sidney Araújo
Foto: Secom