Edital com mil vagas deve ser publicado em breve, e especialistas destacam que vocação e preparo técnico são desenvolvidos durante o curso de formação
Com mil vagas confirmadas e edital previsto para as próximas semanas, o concurso da Polícia Federal (PF) tem atraído um número crescente de candidatos, inclusive aqueles sem nenhuma experiência na área de segurança pública. Para especialistas, isso não deve ser motivo de preocupação: a própria estrutura da corporação garante o preparo técnico e prático dos aprovados.
Segundo Eduardo Pessoa, mentor e professor do Qconcursos, não é necessário ter atuado anteriormente em funções policiais. “A vocação, muitas vezes, se descobre no exercício da função”, afirma. Ele reforça que o Curso de Formação Profissional da PF oferece todo o suporte necessário para a atuação no cargo, o que torna a seleção acessível a candidatos de diversas áreas.
O concurso já tem banca organizadora definida — o Cebraspe — e trará oportunidades para os cargos de agente, escrivão, delegado, perito e papiloscopista, com provas objetivas e discursivas previstas para julho de 2025.
Formação de excelência desde o início
Com duração média de quatro meses, o curso de formação da PF inclui treinamentos teóricos e práticos que ambientam o futuro servidor à rotina da corporação. O conteúdo aborda desde estrutura interna e atribuições legais até práticas operacionais em campo.
“O curso é um dos diferenciais da PF. Ele garante que mesmo quem nunca teve contato com a área possa se adaptar à função com excelência”, afirma Pessoa.
Alta complexidade exige preparo técnico
A Polícia Federal atua em investigações de alta complexidade, como crimes financeiros, narcotráfico, contrabando e delitos cibernéticos. Para isso, busca profissionais com perfil técnico, analítico e boa formação acadêmica — características que muitas vezes independem de experiência anterior em segurança pública.
“A PF trabalha com crimes especializados. Isso a coloca em um patamar diferente de outras corporações, com foco maior na capacitação”, explica o professor.
Perfil policial se constrói com o tempo
A ideia de que o candidato deve ter um “perfil policial” antes de começar a estudar é um mito, segundo Eduardo Pessoa. “Essa questão de vocação só se descobre no exercício do cargo. O que importa agora é ter disciplina nos estudos”, diz.
A evolução do perfil dos policiais federais também contribui para derrubar estereótipos. “Hoje, vemos cada vez mais profissionais altamente preparados, com sólida formação acadêmica, atuando com estratégia e inteligência investigativa”, conclui.
Com um dos concursos mais respeitados do país, a Polícia Federal oferece não apenas estabilidade e altos salários, mas também a possibilidade real de transformar vidas inclusive de quem está começando do zero.
Por: Genivaldo Coimbra
Foto: Divulgação/PF