Bilionário abandona plano de corte de gastos e critica burocracia; Casa Branca confirma saída
O empresário Elon Musk está oficialmente fora do governo Donald Trump. Após pouco mais de quatro meses à frente do Departamento de Eficiência Governamental (Doge), o CEO da Tesla deixa o cargo envolvido em críticas e frustrações.
Segundo fonte da Casa Branca, “seu desligamento começará hoje à noite”, sinalizando o fim de uma atuação marcada por embates internos, promessas ousadas e metas não alcançadas.
Na rede social X, Musk agradeceu ao ex-presidente: “Obrigado, Trump”, postando a mensagem enquanto encerrava sua atuação como funcionário especial no Doge.
Sua saída ocorre após fortes críticas ao novo projeto de lei tributária proposto por Trump, que Musk classificou como custoso e prejudicial aos planos de redução de gastos federais.
Autoridades do alto escalão, como Stephen Miller, teriam se incomodado com as críticas, o que apressou o processo de afastamento. Fontes indicam que a decisão “foi tomada em nível sênior da equipe”.
Musk assumiu o papel com a meta de cortar até US$ 2 trilhões em gastos públicos, mas os números oficiais do Doge falam em uma economia de US$ 175 bilhões — valor ainda não verificado por auditoria externa.
Durante sua gestão, Musk travou embates com nomes de peso, como os secretários Marco Rubio, Sean Duffy e Scott Bessent. Também atacou Peter Navarro, assessor comercial de Trump, chamando-o de “idiota” e “mais burro do que um saco de tijolos”. Navarro respondeu: “Já me chamaram de coisas piores”.
Em entrevista recente, Musk desabafou: “A situação da burocracia federal é muito pior do que eu imaginava”. Ele já havia sinalizado em abril que pretendia focar mais em seus negócios.
Apesar da saída, o governo afirma que o Doge seguirá com o projeto de enxugamento da máquina pública.
Por: Genivaldo Coimbra
Foto: Reprodução/Record News