Operação militar israelense mira instalações nucleares e pode desencadear novos conflitos na região
Após meses de ameaças, Israel realizou bombardeios no Irã nesta quinta-feira (12/6), intensificando a crise no Oriente Médio. O ataque ocorre oito meses após os dois países trocarem investidas militares. Israel classificou a ação como preventiva, alegando que os alvos eram instalações nucleares estratégicas em diferentes regiões iranianas.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) informaram que dezenas de caças participaram da ofensiva, que pode ser apenas o início de uma série de ataques. O Irã, por meio da mídia estatal, confirmou apenas explosões na capital Teerã, mas ainda não detalhou os danos ou possíveis vítimas.
O governo israelense, liderado por Benjamin Netanyahu, vinha subindo o tom contra o Irã nos últimos meses, especialmente em relação ao avanço do programa nuclear iraniano. Uma ação semelhante chegou a ser cancelada em abril, após a oposição do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que buscava evitar uma escalada militar naquele momento.
A comunidade internacional acompanha com preocupação, já que novas negociações nucleares entre Irã e EUA estavam previstas para o próximo domingo (15/6), em Omã. O recente ataque pode colocar em risco as conversas, aumentando o risco de retaliação por parte do Irã, que já havia ameaçado atingir não apenas Israel, mas também bases norte-americanas na região.
Após a ofensiva, Israel decretou estado de emergência e fechou seu espaço aéreo, temendo respostas imediatas. O momento é delicado e reforça a necessidade de diálogo para evitar um conflito de maiores proporções. O mundo segue atento, na esperança de que a diplomacia ainda possa prevalecer.
Por: Lucas Reis
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