Laudo técnico descarta uso de drogas ou álcool e aponta possível agressão com esganadura; polícia investiga se ele foi atacado antes de ser deixado em buraco
O laudo necroscópico do empresário Adalberto Amarilio Júnior, de 35 anos, confirmou que ele faleceu por asfixia, possivelmente provocada por compressão torácica. O corpo do empresário foi encontrado dentro de um buraco em uma área de obra no Autódromo de Interlagos, na capital paulista, dias após seu desaparecimento.
Segundo o Instituto Médico Legal, a causa da morte foi mecânica, sem sinais de consumo de álcool ou entorpecentes. Marcas no pescoço indicam que ele pode ter sido agredido por esganadura. O laudo foi enviado ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que agora trabalha com a hipótese de homicídio.
A polícia acredita que Adalberto tenha sido colocado no buraco por outra pessoa, após ter sido imobilizado. “Nesse confronto, especula-se que a pessoa poderia ter pressionado Adalberto com o joelho ou sentado nas costas dele, causando uma compressão torácica e fazendo com que o empresário desmaiasse. Em seguida, ele teria sido jogado no buraco”, afirmou a delegada Ivalda Aleixo.
Adalberto desapareceu após um evento no autódromo, onde foi visto por câmeras caminhando sozinho até o estacionamento. A esposa dele, Fernanda, reforça que ele foi vítima de um crime: “Posso dizer que, com certeza, ele foi uma vítima de um crime. Ele jamais tiraria as calças e o sapato e entraria num buraco. Isso não tem sentido nenhum. Meu marido estava indo para o carro para vir embora. Alguém pegou ele nesse trajeto”.
O amigo Rafael Aliste, que afirmou ter se encontrado com Adalberto no dia do desaparecimento, relatou que ambos consumiram álcool e maconha — algo não confirmado pelo laudo toxicológico. Rafael, no entanto, é tratado como testemunha.
A polícia continua ouvindo depoimentos de funcionários do local. Ao todo, 188 pessoas trabalharam no evento naquela noite. O sangue encontrado no carro do empresário ainda está sob análise.
Além disso, peritos do Instituto de Criminalística trabalham na criação de um croqui digital em 3D para reconstituir a movimentação do empresário antes de sua morte.
Por: Lucas Reis
Foto: Reprodução/Redes Sociais