Com a aposentadoria de Rosa Weber do Supremo Tribunal Federal (STF) cada vez mais próxima, a pressão para a escolha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de quem ocupará a vaga na Corte aumenta.
E agora há uma pressão por parte de políticos para que o nome escolhido seja o do presidente do TCU (Tribunal de Contas da União), Bruno Dantas. Isso porque seria aberta uma vaga no tribunal, suscetível a indicações de políticos.
Ministros do STF são indicados pelo presidente da República, mas sua nomeação depende de sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e de aval posterior pelo plenário.
Primeiro escolhido por Lula para integrar o tribunal neste novo mandato, Cristiano Zanin teve seu nome aprovado com ampla margem e de maneira rápida, justamente porque contou com o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o senador Davi Alcolumbre (União-AP) como padrinhos de sua indicação.
Pegando carona na forte oposição de parlamentares bolsonaristas ao nome de Dino, setores ligados a Pacheco e a Alcolumbre passaram a circular a tese de que seu nome seria de difícil aprovação.
A sinalização vinda do Senado ajudou a dar novo embalo à candidatura de Bruno Dantas, hoje presidente do Tribunal de Contas da União (TCU). De acordo com pessoas próximas às negociações, o principal motor da articulação seria a vaga que se abriria no TCU.
A cadeira poderia, então, ser preenchida por um nome indicado pelo Senado, possivelmente o próprio Pacheco.
Em outra frente, entretanto, aliados de Jorge Messias, enxergaram na resistência a Dino uma brecha para tentar reacender a candidatura do advogado-geral da União.
Como noticiado pela imprensa no início da semana, Messias já vinha sendo visto como carta fora do baralho até mesmo por alguns de seus colegas de partido. Uma ala petista passou a defender discretamente o nome de Dantas como plano B, caso a disputa afunile entre o presidente do TCU e Flávio Dino.
Na esperança de estancar a debandada, aliados de Messias voltaram a investir na tese de que Lula deve escolher um aliado fiel para o STF.
Lula, entretanto, tem sinalizado internamente que a falta de bagagem pode jogar contra o aliado na disputa.
Por: PORTAL DEMOCRATA