Por: Redação
Foto: Ricardo Stuckert
Uma recente pesquisa do Instituto Datafolha trouxe alívio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mostrando uma estabilização na sua popularidade após um período de queda contínua desde dezembro do ano passado. Segundo os dados, a aprovação do governo subiu de 35% em maio para 36%, enquanto a rejeição caiu de 33% para 31%, ambos dentro da margem de erro de dois pontos percentuais.
A ligeira recuperação na popularidade de Lula pode ser atribuída a uma série de notícias econômicas favoráveis. A desaceleração no aumento dos preços dos alimentos e uma medida provisória que visa reduzir a conta de luz em até 4,5% foram bem recebidas pelo público. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de maio mostrou um aumento menor nos preços dos alimentos consumidos em domicílio, passando de 0,81% em abril para 0,66% em maio.
O governo também adotou uma nova estratégia de comunicação. Lula exigiu que seus ministros divulgassem de forma mais eficiente os projetos e resultados de cada pasta. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, por exemplo, seguiu essa orientação durante a epidemia de dengue, oferecendo atualizações frequentes à mídia. Além disso, o Planalto organizou várias entrevistas coletivas temáticas para destacar as ações do governo, permitindo que os ministros tivessem visibilidade sem serem ofuscados pelo presidente.
As ações do governo durante as enchentes no Rio Grande do Sul também receberam avaliação positiva dos eleitores da região. A resposta rápida e eficaz às necessidades emergenciais foi um fator que contribuiu para a percepção favorável do governo.
Essa combinação de fatores econômicos positivos, uma comunicação mais eficaz e uma resposta eficiente a desastres naturais ajudou a estabilizar a popularidade de Lula, interrompendo a tendência de queda que vinha se prolongando.