Autoridades cumprem 60 mandados em investigação sobre fraudes em licitações e corrupção
A Polícia Federal, em parceria com o Ministério Público Federal (MPF), a Receita Federal do Brasil (RFB) e a Controladoria-Geral da União (CGU), deflagrou nesta terça-feira (10/12) a Operação Overclean. O objetivo é desarticular uma organização criminosa acusada de desviar recursos públicos por meio de fraudes licitatórias, corrupção e lavagem de dinheiro. A operação ocorre na Bahia, Tocantins, São Paulo, Minas Gerais e Goiás.
As ações incluem 17 mandados de prisão preventiva e 43 de busca e apreensão. Além disso, bens de alto valor como aeronaves, imóveis de luxo, barcos e veículos foram sequestrados, totalizando R$ 162 milhões bloqueados. O afastamento de oito servidores públicos também foi determinado.
As investigações revelam que o grupo utilizava contratos superfaturados para desviar recursos de emendas parlamentares e convênios com órgãos públicos. Apenas em 2024, a organização movimentou R$ 825 milhões em contratos fraudulentos. O Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), especialmente na Bahia, está entre os principais alvos.
A operação contou com o suporte da Agência Americana de Investigações de Segurança Interna (HSI), evidenciando a dimensão global do esquema.
Os investigados poderão responder por corrupção ativa e passiva, peculato, lavagem de dinheiro e fraudes em licitações. As penas somadas podem ultrapassar 30 anos de prisão.
A Operação Overclean reforça o compromisso das autoridades em combater a corrupção e recuperar recursos desviados, com novas fases previstas para aprofundar a responsabilização dos envolvidos.
Por: Redação
Foto: Divulgação/PF