Dispositivo de titânio abre caminho para o futuro dos transplantes cardíacos
Em um marco histórico para a medicina, um paciente australiano sobreviveu por mais de 100 dias com um coração artificial de titânio, tornando-se a primeira pessoa a viver tanto tempo com esse dispositivo. O avanço pode representar uma nova esperança para pacientes que aguardam transplantes.
O homem, cuja identidade não foi revelada, sofria de complicações cardíacas severas e já estava hospitalizado à espera de um coração compatível. Em novembro de 2024, diante do agravamento de seu quadro, os médicos decidiram implantar o dispositivo cardíaco inovador para prolongar sua vida até que um órgão fosse encontrado.
Na última semana, ele finalmente recebeu um transplante de coração e teve o equipamento retirado com sucesso. Agora, está em fase de recuperação e apresenta uma evolução positiva.
Pesquisadores acreditam que o uso desse tipo de tecnologia pode revolucionar o tratamento de doenças cardíacas, possibilitando que pacientes ganhem mais tempo e qualidade de vida enquanto esperam por um órgão compatível. Além disso, há estudos sendo conduzidos para aprimorar o dispositivo e torná-lo uma alternativa definitiva ao coração humano.
Como funciona o coração artificial?
🔹 O dispositivo substitui completamente o coração, funcionando como uma bomba contínua que mantém o sangue circulando.
🔹 Feito de titânio, pesa 650 gramas e pode ser implantado até mesmo em crianças a partir de 12 anos.
🔹 Ele é alimentado por uma bateria externa recarregável, conectada ao peito do paciente.
🔹 Atualmente, a bateria dura quatro horas, mas pesquisas avançam para que, no futuro, o carregamento seja sem fio e por indução magnética.
A professora Sharon Pickering, da Universidade Monash, responsável pelo estudo, destacou a importância do avanço:
“Esse feito extraordinário abre novas possibilidades na medicina e reforça a necessidade contínua de pesquisa para salvar vidas.”
Por: Lucas Reis
Foto: Divulgação